Capítulo 1
Nocturna Scanlator. . . ꩜.ᐟ
Wind Scan. . . ꩜.ᐟ
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Tradutor: Crystalis | Revisor: Gabixx
Chak!
Quando a empregada puxou as cortinas, a luz do sol invadiu a cama.
Eu ainda estava sentada ali, recostada na cabeceira, atordoada.
“Não dormiu bem de novo, minha senhora?”
Uma empregada, cujo rosto eu não reconhecia, perguntou cautelosamente, avaliando meu humor.
Eu não tinha nem energia para responder, então apenas acenei para que ela saísse.
Ela foi embora, dizendo que traria o café da manhã.
Olhei ao redor com os olhos embaçados.
Mais uma vez, acordei neste quarto antiquado.
Era grande o suficiente para parecer levemente frio.
“Suspiro.”
Em um desespero profundo, pressionei meus olhos quentes com ambas as mãos.
Eu vivi uma vida bem decente.
Não posso dizer que tenho um lugar garantido no céu, mas nunca cometi nenhum pecado com as mãos limpas que meus pais me deram.
Então, como fui acabar neste corpo, de todos os lugares?
E por que continuo tendo este pesadelo todos os dias?
Frustrada, baguncei meu cabelo em um ataque de irritação.
Possessão.
Para alguns, pode ser um doce sonho. Mas para mim, é como ser atingida por cocô de passarinho enquanto anda pela rua.
O pior? O romance no qual fui possuída é <A Salvação da Santa>, um livro que eu li a contragosto por recomendação de Kim Duksu.
A história começa com uma névoa carregada de vírus invadindo um cemitério sagrado, fazendo os esqueletos se levantarem.
A partir desse momento, a área sagrada se torna uma zona zumbi, isolada do império. Os quatro protagonistas masculinos presos lá dentro lutam para sobreviver, enfrentando zumbis e formando laços de irmandade.
Quando estão à beira da loucura, a santa aparece, purifica os zumbis e os leva a um final agridoce.
‘Certo, até aqui, nada disso me envolve.’
O problema é que sou a irmã mais nova de Hayton Arios, o responsável pelo surto zumbi. Sou também a “dama que tenta escapar com suprimentos de sobrevivência,” aquela que fica presa com os protagonistas masculinos na zona zumbi.
Pior ainda, minha personagem é nada mais que um recurso de enredo, morta como parte do arco de vingança dos protagonistas masculinos.
‘Eu sou Redria. De todas as pessoas, sou a Redria!’
No primeiro dia da minha possessão, fiquei tão chocada que tentei pular pela janela.
Ouvi em algum lugar que, após a morte, você retorna ao corpo original.
‘Minha senhora! Quanto tempo faz desde que você se jogou no lago porque não queria ir à reunião de oração? Por favor, acalme-se!’
‘Se vai morrer, mate-me primeiro e depois vá!’
Falhei, graças às intervenções frenéticas das pessoas ao meu redor e do conde e da condessa.
…Honestamente, era apenas o segundo andar, então imaginei que só quebraria alguns ossos, não morreria, e isso não adiantaria.
Depois, planejei uma fuga.
Mas fugir como uma nobre não era tão fácil quanto nos romances. As empregadas eram as responsáveis pelas joias que eu precisava para fundos de fuga, e mesmo quando tentei me disfarçar, elas sempre me reconheciam.
‘Onde você está indo, minha senhora?’
Por causa da tentativa de suicídio, os servos mantinham um olhar atento em mim, e eu era pega tentando escapar pela janela ou pelo porão.
No final, sem apego à minha vida passada e sem meios de escapar, decidi apenas me isolar.
Mas agora, por causa desses pesadelos, eu nem conseguia ter uma boa noite de sono. Claro, o futuro parecia sombrio, mas a falta de sono estava me enlouquecendo.
Enterrei meu rosto nas mãos.
‘Alguém apenas me nocauteie já…’
Eu nunca percebi o quão precioso o sono era até ser possuída.
Conforme os dias passavam, eu perdi a noção do que estava comendo, vestindo ou fazendo.
Na verdade, as tentativas de suicídio e fuga fracassadas eram porque eu estava tão privada de sono e estava delirante.
“Suspiro.”
Mais uma noite sem dormir. Quando levantei a cabeça, meus olhos cansados avistaram o calendário na mesa de cabeceira.
Hoje marca uma semana desde que fui possuída.
‘Minha tia está bem?’
Eu cresci em uma família monoparental e perdi minha mãe aos 16 anos. Depois disso, dependi da minha tia.
Ela cuidou de mim como sua própria filha… mas, bem, todos sabemos como é. Eu nunca poderia realmente ser sua filha.
Uma pedra rolante não pode empurrar uma fixa, então saí de casa quando fiz vinte anos, pegando emprestado algum dinheiro da minha tia para alugar um lugar próprio.
Vaguei pelos meus anos do ensino médio e vivi sem rumo como uma freeter até meus 20 e poucos anos.
Nota do Tradutor: No Japão, um freeter (フリーター, furītā) é uma pessoa de 18 a 34 anos que está desempregada, subempregada ou não possui um emprego remunerado em tempo integral. O termo exclui donas de casa e estudantes.
‘O dia em que eu possui este corpo, foi o mesmo dia em que minha tia geralmente trazia comida para mim…’
Soltei um suspiro leve, piscando meus olhos secos e privados de sono enquanto pegava o calendário.
“Pensando bem, quantos dias faltam para a reunião de oração?”
Contando os dias, percebi que faltavam exatamente 30 dias.
‘Trinta dias…’
Com minha mente privada de sono, tentei me lembrar do romance original.
‘Qual era o destino da Redria mesmo?’
Foi a primeira vez que me permiti realmente pensar naquele pesadelo.
Sempre tentei evitar lembrar do final, mas agora era inevitável.
No sonho, enquanto tremia de medo, minha visão foi tomada pela luz do círculo mágico. Então, em um instante, sangue jorrou como uma fonte, e fui desmembrada sem sequer gritar.
A lembrança daquela cena me causou arrepios, me despertando mais do que o frio jamais poderia.
‘Certo. Aquilo não foi apenas um pesadelo.’
Aquele era o destino da Redria na história original.
Redria sou eu.
O pesadelo é meu futuro.
Se as coisas continuarem assim, vou morrer como a história dita, ficar presa na zona zumbi e me tornar um zumbi, ou mesmo que eu sobreviva, acabarei executada por causa do Hayton.
‘…Mas posso realmente me dar ao luxo de perder tempo assim?’
Percebendo isso, de repente me senti em pânico, como se estivesse ficando sem tempo. Dei dois tapas fortes no rosto.
Esfregando minhas bochechas ardendo, forcei meus olhos a ficarem bem abertos.
‘Tenha foco. Talvez eu não consiga voltar para o meu corpo original, mas não posso simplesmente morrer.’
Minha vida vale mais do que isso.
‘O que posso fazer para sobreviver?’
Comecei a pensar o mais forte que pude com minha mente exausta.1′
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