Capítulo 11
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Tradutor: Crystalis | Revisor: Gabixx
“Bem, não vou negar. Mas não seja tão tendencioso, Duque. Ainda pode ser um desastre natural.”
Isso era verdade.
Mas.
O olhar de Jaeger tornou-se gélido enquanto ele encarava Redria.
“Talvez aquela mulher esteja conectada a esta situação.”
Ela sempre teve o hábito de se envolver em coisas absurdas.
O Príncipe Herdeiro curvou levemente um canto dos lábios.
“Hmm, mas se ela é suspeita, isso não nos torna igualmente suspeitos?”
“Mas aquela mulher parece estranhamente calma, como se soubesse tudo o que está acontecendo. As armas e os pergaminhos não podem ser explicados como meros equipamentos para caçar monstros.”
Os olhos de Lihad desviaram para a cintura de Redria.
Jaeger tinha um ponto.
Na verdade, não era apenas o fato de ela ter armas que levantava suspeitas, mas o motivo pelo qual as possuía. Um surto de zumbis ocorre, e ela convenientemente tem armas e um pergaminho de teletransporte em uma área onde armas deveriam ser proibidas.
O timing era, de fato, suspeito.
Jaeger interpretou o silêncio de Lihad como concordância e continuou.
“Seria melhor gerenciarmos os pertences daquela mulher nós mesmos.”
“Chega. Saquear não é a maneira adequada de lidar com isso.”
Lihad disse calmamente, ainda olhando para frente.
Nesse momento, Redria estremeceu e abraçou a si mesma. Lihad colocou gentilmente seu casaco sobre os ombros dela. Observando isso, Jaeger franziu o cenho e virou o rosto.
“…Parece que você se apegou bastante a ela.”
“Se algo, Duque, você tem sido excepcionalmente hostil com ela. Considerando a situação, ela não merece um pouco mais de consideração?”
Crystalis: tô caidinha por esse príncipe herdeiro, socorro!
“Você tem certeza de que ela nos oferece bondade sem segundas intenções?”
“Eu certamente espero que sim.”
Os olhos cor de limão de Lihad brilharam ominosamente no escuro, como os de uma ave de rapina. Porque, caso contrário, as coisas se tornariam difíceis para todos eles.
“…”
Jaeger cerrou os dentes, encarando as costas de Lihad com olhos tão frios quanto névoa.
“Faça como quiser. Mas, se acabar se arrependendo por ter sido enfeitiçado por aquela mulher, não diga que eu não avisei.”
Com esse comentário gélido, o vento começou a soprar, fazendo as folhas farfalharem de forma sinistra.
—
“Este deve ser o portão dos fundos do abrigo do norte, segundo o mapa.”
Eu chequei novamente o mapa em minhas mãos e confirmei nossa localização.
O mapa mostrava um desenho de arbustos em frente ao portão dos fundos do abrigo do norte. Quando ergui os olhos, havia uma confusão de galhos e arbustos entrelaçados diante de nós, como se estivessem se abraçando.
Jaeger se aproximou de mim com uma expressão de dúvida.
“Você tem certeza?”
“Sim, tenho.”
Enrolei o mapa e o guardei em minha bolsa de cintura.
“Saberemos com certeza assim que chegarmos.”
O Príncipe Herdeiro tomou a dianteira, cortando os arbustos e galhos com sua lança. Jaeger o seguiu, quebrando os galhos menores que estavam no caminho.
Enquanto os acompanhava, o forte cheiro de lama e grama preenchia o ar.
“É exatamente como a senhorita disse.”
O Príncipe Herdeiro murmurou ao parar.
Jaeger também parou atrás dele.
Quando passei pelos dois, uma cerca de malha prateada apareceu diante de nós.
Com um sorriso satisfeito, sacudi o portão da entrada dos fundos. Ele chacoalhou levemente, mas estava firmemente trancado com um cadeado.
“Precisaremos quebrar o cadeado.”
“É um cadeado especial feito com poder sagrado, então não se quebrará. Mas podemos encontrar a chave.”
“Você pode encontrá-la? Mas a chave só é dada às famílias autorizadas a usar o abrigo.”
Eu puxei um pacote de carne seca de minha bolsa dimensional. Escolhendo o pedaço mais apetitoso, levantei-o como se estivesse erguendo uma tocha.
“…”
“…”
Pude sentir os olhares intensos do Príncipe Herdeiro e de Jaeger.
Ouvi o Príncipe murmurar algo como: “Ela sempre carrega carne seca com ela…?”
Meu rosto esquentou, mas fingi não notar e permaneci confiante.
Whoosh!
Naquele momento, um Aporta—um pássaro treinado pelo templo—mergulhou rapidamente e agarrou a carne seca.
A chave prateada pendurada na perna fina do pássaro brilhou enquanto ele pousava em um galho, ocupado mordiscando a carne seca.
Enquanto o pássaro estava distraído, aproximei-me cuidadosamente e recuperei a chave de sua perna. Tudo estava indo perfeitamente, como eu havia previsto.
Só os protagonistas masculinos tinham o hábito de desafiar minhas expectativas.
Levantei a chave para os dois homens.
“Viram?”
“Que tipo de pássaro é esse?”
O Príncipe Herdeiro perguntou, gesticulando para o Aporta com o queixo. Respondi casualmente enquanto destrancava o cadeado.
“Aquilo é um Aporta, o guardião da chave do abrigo. Ele é louco por carne seca.”
“Como a senhorita sabe dessas coisas?”
Parei no meio do processo de destrancar e olhei para eles. Ambos estavam franzindo a testa, lançando-me olhares profundamente desconfiados.
Especialmente Jaeger.
“Por que a senhorita sabe algo que eu não sei?”
Dei de ombros.
“Tenho um amigo que frequentou a academia teológica e teve um mentor que era gestor de um abrigo. Ele me disse: ‘Não conte a ninguém’, então, naturalmente, todo mundo ficou sabendo. Você sabe como é—quando dizem para não contar, inevitavelmente se espalha.”
Mesmo com a facilidade com que a mentira fluía, o olhar feroz de Jaeger não se suavizou.
Claro, seria suspeito. Normalmente, apenas os gestores de abrigos e sacerdotes de alto escalão saberiam informações confidenciais assim.
Ignorei o olhar de Jaeger, destranquei o cadeado e o deixei cair no chão. Quando empurrei o portão da cerca, uma cabana antiga apareceu diante de nós.
Passando por uma pilha de lenha próxima ao incinerador, chegamos à porta da frente da cabana.
Segurei a maçaneta e abri a porta.
Creeeek—
Um perfume suave de lavanda encheu o ar, pesado e reconfortante.
Cuidadosamente, passei pela soleira e entrei na cabana.
Jaeger, claramente sem querer me ver, se voluntariou para ficar de guarda e verificar se havia zumbis nas proximidades do abrigo, enquanto o Príncipe Herdeiro me seguiu para dentro.
O abrigo, banhado pela luz do meio-dia, exalava uma atmosfera serena, quase sonolenta.
Diretamente à frente da porta havia duas janelas retangulares que suavemente difusiam a luz. Em frente a elas, uma mesa com capacidade para seis pessoas. À direita, uma beliche estava encostada na parede.
Um mapa da área sagrada estava pregado na parede oposta à cama, e ao lado dele havia uma pequena cozinha.
Havia outras três portas: uma levava a uma despensa repleta de alimentos, outra a um banheiro com o milagre de um vaso sanitário com descarga, e a última a um misterioso quarto trancado.
Esse quarto trancado permanecia um enigma ao longo de todo o romance original, então nem eu sabia o que havia lá dentro.
Abri cada uma das portas, uma por uma, e finalmente me aproximei da estante ao lado do quarto trancado para procurar a chave.
Quando estava prestes a abrir a gaveta na base da estante, ouvi o Príncipe Herdeiro soltar uma risada baixa.
“…Ha.”
Era o tipo de riso que surge quando algo é tão absurdo que você não sabe como reagir.
“O que foi?”
Me aproximei dele em silêncio, apenas para arregalar os olhos de surpresa.
Era assim que os anões se sentiram ao ver Branca de Neve pela primeira vez?
Um espírito da floresta teria se escondido na cabana para tirar uma soneca?
Pele pálida e lábios de cor rosada.
Cabelos escuros que caíam até o pescoço, emoldurando o rosto, com cílios longos e espessos espalhados como a cauda de um pavão.
Um homem verdadeiramente belo estava deitado ali, dormindo tranquilamente.
O Príncipe Herdeiro inclinou a cabeça, ficando com uma leve curvatura nos ombros, o que deixava claro o que pensava sobre o homem.
“O que ele está fazendo aqui?”
“Vocês dois parecem se conhecer.”
Comentei, fingindo ignorância, embora soubesse de toda a história deles graças ao romance original.
O Príncipe Herdeiro manteve os olhos fixos no homem, com uma expressão que misturava irritação e descrença.
“‘Conhecer’… Isso é um eufemismo. Somos bastante… íntimos.”
“Hmm. Entendo. Então, esperamos ele acordar ou o despertamos agora?”
“…”
O Príncipe Herdeiro virou-se para me encarar com uma expressão peculiar.
“O quê?”
“…Senhorita, você não está realmente sugerindo que o levemos conosco, está?”
“Sim, estou. Concordamos em resgatar sobreviventes, não foi?”
“Ouça, senhorita, se está esperando alguma cooperação desse sujeito, é melhor desistir. Ele é—”
“Hmm…”
Antes que o Príncipe Herdeiro pudesse terminar sua frase, o homem na cama virou-se em nossa direção.
Whoosh—
Nesse instante, uma rajada de vento entrou pela janela semiaberta, farfalhando as folhas do lado de fora e lançando um feixe de luz sobre o rosto do homem.
À medida que a luz atingia suas pálpebras, ele as abriu lentamente.
Pisando de forma sonolenta, ele parecia um gato despertando de um cochilo.
O homem olhou para nós, parados ao lado da cama, sem demonstrar surpresa, apenas piscando languidamente.
“E quem são vocês?”
Ele perguntou com uma voz clara e melodiosa.
“…Dormiu bem?”
Aquele era Sien Blancaire.
Um dos protagonistas masculinos originais e o único Mestre da Torre do Império.
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