Capítulo 18
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Tradutor: Crystalis | Revisor: Gabixx
“Tenho algo a dizer, Duque.”
Jaeger, que estava alcançando uma adaga, congelou ao ouvir minhas palavras. Ele voltou seu olhar para mim, analisando-me com desconfiança.
Sua expressão parecia perguntar que tipo de bobagem eu estava prestes a dizer. Soltei um suspiro antes de falar.
“Quero pedir desculpas formalmente pelo meu comportamento passado.”
Jaeger franziu o cenho.
“Pedir desculpas?”
Seus olhos se tornaram afiados de repente.
Um calafrio percorreu minha espinha, mas não recuei e continuei falando.
“Na verdade, perdi minhas memórias de infância por causa deste incidente. Então, restam apenas lembranças fragmentadas.”
“Perdão?”
Jaeger puxou a adaga cravada na parede da cabana, parecendo questionar o que eu estava tramando.
‘O momento parece errado. Ele está planejando me apunhalar com essa adaga?’
Observei a adaga nervosamente e me apressei em continuar.
“Ah, claro, não estou pedindo perdão só porque tenho amnésia. Pelo contrário, quero sinceramente pedir desculpas pelo mal que causei.”
“Ha.”
Jaeger riu friamente, como a própria luz da lua.
“Você está pedindo desculpas sem nem mesmo lembrar direito? Acha que isso faz sentido?”
Eu já esperava esse tipo de resposta. Um pedido de desculpas sem reconhecer os erros perde sua sinceridade.
No entanto, se ele me perguntasse por que eu havia atormentado Roeni tão severamente ou por que mandei um assassino, eu não poderia responder por Redria.
Eu poderia inventar mentiras, mas, se ele soubesse algo sobre Redria que eu desconhecia, estaria em apuros.
Por isso, decidi me desculpar fingindo ter perdido a memória, esperando acalmar seus sentimentos.
Baixei o olhar. Não tinha talento para atuar, mas talvez isso parecesse um arrependimento genuíno.
“Não estou completamente sem memórias, então sei que atormentei Roeni e aquele incidente…”
Olhei para a cicatriz na sobrancelha dele antes de encontrar seu olhar feroz, depois abaixei os olhos novamente.
“Sinto muito de verdade. Quando voltarmos, pretendo me desculpar com Roeni também.”
“…”
Com a adaga ainda na mão, Jaeger manteve os lábios em uma linha reta, observando-me atentamente. Após um momento, ele falou em um tom frio.
“…Então, você está dizendo que quer que eu esqueça o passado porque pediu desculpas?”
‘Ele é mais rápido do que eu esperava.’
Levantei o olhar para Jaeger e forcei o melhor sorriso que consegui. Meus lábios tremeram enquanto eu lutava para mantê-lo.
“Ha.”
Era tão ridículo assim?
Jaeger bufou como se não pudesse acreditar, passando a mão pelo rosto.
“Você não mudou.”
Ele soltou um suspiro profundo ao dizer isso, virando-se lentamente para me encarar. O desprezo em seu olhar era tão afiado quanto uma lâmina.
“Então, está usando o mesmo truque para conquistar Sua Alteza e o Mestre da Torre desta vez?”
“O quê?”
“Seu método de encantar e apunhalar as pessoas pelas costas não funciona mais comigo.”
“…?”
Encantar?
Não funciona mais?
Do que ele estava falando?
Ele soava exatamente como alguém que foi enfeitiçado por Redria e depois traído.
Enquanto eu mostrava confusão, Jaeger limpou a lâmina como se eu não valesse seu tempo, guardando-a de volta em seu coldre de couro.
“Não precisa se aproximar de mim desnecessariamente. Só vou manter um olho em você até escaparmos, como prometido.”
Com isso, Jaeger virou-se e começou a caminhar para longe. Observei sua figura se afastando, incrédula, e então voltei a mim.
‘Ele está tentando me pintar como uma mulher astuta que manipula os outros?’
Fitei a parte de trás da cabeça dele, irritada.
Se eu guardasse meus sentimentos, não dormiria bem nos próximos dias.
‘Se ele vai agir assim, então não preciso ser humilde, preciso?’
Com as desculpas não funcionando, não havia sentido em me encolher ainda mais diante dele.
Chamei Jaeger, que estava prestes a abrir a porta dos fundos.
“Não temos algumas contas a acertar?”
Jaeger parou e virou-se para me encarar.
“Contas?”
“Pedi desculpas, mas você ainda não me agradeceu, Duque.”
Ele riu, incrédulo.
“…O que você acabou de dizer?”
“Eu te salvei, então você deveria me agradecer. Acho que não ouvi essas palavras desde que foi resgatado.”
De fato, eu havia salvado Jaeger.
Na história original, Jaeger, enquanto procurava pela santa na Floresta Sagrada, acidentalmente saiu dos limites da floresta e foi mordido por um zumbi.
Usando o julgamento aguçado de um cavaleiro, ele cortou a própria mão para evitar a infecção, mas não conseguiu escapar de uma deficiência permanente.
Após isso, Jaeger sempre usava uma prótese e luvas. Quando cumprimentava a santa, tentava esconder a mão sobre o coração, e durante as refeições, usava apenas uma mão.
Quando os protagonistas masculinos pediam à santa para dançar, ele ficava com as mãos atrás das costas, protegendo-a.
Sua luta desesperada pela sobrevivência tornou-se apenas um obstáculo diante da mulher que amava. Ele nunca seria capaz de alcançar a nobre e sagrada santa.
Um vislumbre de desprezo passou pelo rosto de Jaeger enquanto ele me encarava. Por um momento, me arrependi da atmosfera tensa, mas não tinha intenção de recuar.
“Por quê? É abaixo do seu orgulho agradecer a quem te salvou? Não pode dizer isso a uma velha amiga?”
“Quem disse que éramos amigos?”
Jaeger rosnou, sua expressão se contorcendo de raiva.
‘Por que ele reage tão violentamente à palavra amigo?’
Esse cara claramente não era bom em jogos psicológicos; ele mostrava todos os seus gatilhos.
“Vamos lá, éramos amigos de infância. Amigos. De. Infância.”
“…Ha.”
Jaeger bufou friamente e olhou ao redor, como se não acreditasse no que eu estava dizendo. Então, fechou os olhos com força e respirou fundo, como se estivesse tentando se acalmar.
“Eu não acredito no que você disse sobre perder a memória, mas já que insiste em me enganar, direi uma vez.”
Seus olhos pálidos, tão claros quanto nuvens ao amanhecer, caíram sobre mim. Eram como galhos retos e bonitos.
“Nunca, nem por um momento, considerei você minha amiga.”
“O quê?”
Minha postura, já meio torta, vacilou.
‘Como assim nunca me considerou uma amiga? Na história original, éramos amigos de infância junto com Roeni.’
Rapidamente comecei a revirar minha memória.
Pensando bem, a reação de Jaeger era emocional demais para ser apenas uma traição entre amigos. Era como se fosse algo mais profundo, um ódio enraizado.
Se não fosse apenas um sentimento de traição, mas algo derivado de uma ferida emocional mais profunda…
‘Será que…?’
A suposição que cruzou minha mente escapou pelos meus lábios antes que eu pudesse contê-la.
“Você gostava de mim quando éramos crianças?”
Os olhos de Jaeger se arregalaram, e ele me encarou com tanta intensidade que parecia querer me perfurar com o olhar.
‘Não pode ser.’
Aquele olhar ameaçador parecia confirmar minha suposição, e me senti como se tivesse levado uma pancada por trás.
“Mas você não gostava da santa desde criança?”
Jaeger lançou um olhar frio, tão cortante quanto o vento do norte.
“Chega de dizer besteiras. Apenas esqueça a santa Roeni.”
Tsc. Com um estalo da língua, Jaeger entrou na cabana como se quisesse se afastar de mim o mais rápido possível.
“O que foi isso…? É verdade?”
Fiquei ali parada, perplexa, e soltei uma risada sem jeito.
Tap.
Depois que Redria fechou a porta dos fundos, a cabana caiu em silêncio.
Lihad abriu os olhos lentamente, olhando para o cobertor que estava enrolado ao seu redor.
Ele soltou uma risada suave.
Embora estivesse quente e abafado, ele não sentia vontade de tirá-lo.
Assim que Lihad estava prestes a fechar os olhos novamente—
“Não está na hora de você acordar? Pare de fingir que está dormindo tão irritantemente.”
Lihad lançou um olhar para a cama.
Sien estava meio levantado, ajeitando o cabelo preguiçosamente.
“Você está se entregando muito. Não deveria dizer essas coisas, sua cobra sorrateira. Fingindo ser fraco e inocente… quase vomitei.”
“E você, por outro lado, finge ter sentimentos enquanto não confia na Ria nem um pouco. Isso é nojento.”
“Não é a mesma coisa? Você é o que vive jogando todos os tipos de elogios sem realmente gostar dela.”
“Sua língua é afiada. Só para constar, eu tenho uma arma.”
Ha!
Lihad riu de forma cínica.
“Acha que eu não conseguiria parar esse tipo de coisa depois de bloquear seus ataques ferozes todo esse tempo?”
“Você nunca realmente me venceu.”
“E eu nunca perdi também.”
“É confortável viver nessa ilusão de vitória?”
“Há um ditado que Paul adora: ‘Se você tem uma cabeça ruim, seu corpo sofre.’ Acho que estou lidando com o antigo Mestre da Torre.”
“Huh, se não fosse por essa sua habilidade, você já teria—”
Sien franziu a testa e falou em um tom claramente irritado, mas de repente arregalou os olhos.
‘Ah ha.’
Um pequeno sorriso surgiu nos lábios de Sien enquanto ele descansava o queixo nas mãos, apoiado no corrimão.
“Agora, as únicas pessoas que sabem sobre sua habilidade são o Imperador, seu secretário Paul, e eu, que já treinei com você inúmeras vezes. Algumas outras podem saber, mas é só isso.”
Sien estreitou os olhos, sorrindo brilhantemente.
“Se a Ria souber da sua habilidade, ela pode se assustar e fugir do monstro—”
Whoosh—!
Thud—!
De repente, uma adaga voou e roçou o rosto de Sien.
Um pequeno corte apareceu em sua pele pálida, lentamente deixando escapar uma gota de sangue.
Sien manteve o sorriso enquanto olhava para o corte em sua bochecha e depois o limpava com as costas da mão.
Lihad o encarava com olhos dourados e penetrantes, como os de um falcão, rosnando de forma ameaçadora.
“Você está particularmente atrevido hoje. É melhor controlar sua língua, Mestre da Torre.”
Sien hesitou ao ver uma das sobrancelhas de Lihad se erguer.
Então, com uma risada abafada de derrota, ele mudou de atitude, ficando mais frio.
“Se você não consegue controlar sua boca, o que vai fazer a respeito disso?”
O tom outrora gentil de sua voz ficou cortante num instante.
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